terça-feira, 4 de julho de 2017

Justiça considera foragido portador de HIV que não avisava mulheres sobre vírus

Justiça do Rio considera como foragido um homem portador do vírus HIV que teve prisão preventiva decretada por não informar às parceiras e fazer sexo sem proteção com mulheres durante anos. Renato Peixoto Leal Filho, citado em reportagens do G1 em 2015, não foi encontrado no endereço onde mora, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste. Renato foi denunciado por lesão corporal qualificada e tentativa de lesão corporal qualificada, por ter contaminado uma delas com o vírus e ter corrido o risco com outra vítima.
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Segundo a decisão da 19ª Câmara Criminal do dia 30 de maio, a desembargadora Katya Maria de Paula Menezes Monnerat pede a prisão preventiva de Renato. Segundo ela, "há perigo na manutenção da liberdade do réu que mantém uma conduta reiterada de através de redes sociais conhecer as vítimas para posterior relação sexual, sem proteção com o risco de contaminá-las."
Um habeas corpus foi pedido no Superior Tribunal de Justiça para revogar o pedido de prisão preventiva. Segundo o Ministro Saldanha Palheiro, no entanto, a liminar foi indeferida porque as circunstâncias do caso e a não localização de Renato "justificam a imposição da segregação cautelar".
Em 2015, duas vítimas relataram o caso nas redes sociais. Entretanto, segundo o acórdão dos desembargadores, o número de vítimas pode ser ainda maior. "Todos os elementos colhidos na delegacia apontam para a existência de, ao menos, outras cinco vítimas", diz o texto.
Segundo a denúncia do Ministério Público, feita com base no inquérito da 16ª DP (Barra da Tijuca), uma das vítimas que fez sexo com Renato em abril de 2015 não foi infectada pelo vírus. No entanto, outra mulher foi efetivamente contaminada após ter feito sexo com ele em julho do mesmo ano. Segundo a polícia, as vítimas eram atraídas por Renato através de sites de relacionamentos, e ele nunca mencionou sua doença a nenhuma delas.

Em depoimento à Polícia, de acordo com o acórdão, Renato afirma que uma das vítimas pediu a ele que tirasse a camisinha na hora da relação sexual e que sempre informou sobre sua doença a essa mulher. Na época, Renato não respondeu às tentativas de contato do G1.

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