'Vivemos uma crise moral, mais do que financeira', avalia especialista

Gil Giardelli defende que inovação é chave para sair da crise que vive o país (Foto: Catarina Costa/G1)

Antes de uma crise financeira, o Brasil vem passando por um problema moral. Esta é a avaliação do estudioso da cultura digital Gil Giardelli, que acredita na necessidade de se manter o otimismo, mesmo com as más notícias, e na inovação como saída para o país.

"Vivemos uma crise moral, mais do que financeira. Estamos formatando o Brasil e a única boa notícia que temos é que a crise vai passar, só não sabemos quando. Precisamos ter nosso projeto como nação e para isso devemos manter o otimismo, não só depender do governo como da iniciativa privada. Neste momento de transformação, você pode colaborar para ter uma boa educação e distribuir a riqueza do país. Inove, empreenda, crie!", comentou.

Para Giardelli, a mudança de comportamento vem sendo um fator relevante para contratação de profissionais nas empresas. Se antes a exigência para um bom emprego era o quociente de inteligência (QI), depois passou a ser a diversidade, atualmente as pessoas mais procuradas são aquelas com coeficiente espiritual.

Apesar da crise, para Gil Giardelli, otimismo deve ser mantido (Foto: Catarina Costa/G1)

"Estamos todos conectados e a pergunta que temos que fazer é: como as pessoas podem gerar novos empregos, riquezas? Hoje não basta apenas criar, é preciso que faça sentido, ajude a sociedade. O século XXI será de pessoas individualmente livres e voluntariamente jovens, não de idade, mas de espírito", destacou.

Sobre a capacidade renovadora dos brasileiros, Gil Giardelli afirma que 'quem inova é o último a entrar em crise e o primeiro a sair dela'. Aqueles que se prepararem agora serão também os primeiros a colherem os lucros e por trás de uma grande inovação, milhares de empregos estão sendo criados.

"Nossos modelos de escola e trabalho estão baseados no século passado, no entanto, o brasileiro sempre foi muito criativo e conquistamos o único passo que faltava, de ser inovador, que é colocar a criatividade para funcionar, fazer negócio. Hoje vejo muitos jovens, com mentes criativas, querendo montar a sua empresa e isto é bom para o país. Aqueles que não empreenderem estão vivendo o desemprego tecnológico", pontuou o especialista.

G1