domingo, 29 de novembro de 2015

Polícia Legal afirma que maioria dos policiais estão parados no PI

Depois do início do movimento Polícia Legal, às 18h desse sábado (28), deflagrado pelas associações das polícias militares e dos bombeiros do Piauí, em que foi determinado que o efetivo cruze os braços e fiquem nos quartéis e unidades da polícia, o Movimento Juntos Somos Mais Fortes informou hoje (29) que está entrando na sua 3ª fase e que com ela “as cabeças do Comandante Geral da PM, coronel Carlos Augusto e seu subcomandante geral, coronel Lindomar Castilho vão rodar”.
As informações passadas pelos grevistas é de que 100% dos policias e dos Bombeiros de Piripiri, Campo Maior, Água Branca e São Miguel do Tapuio aderiram ao movimento. A determinação do movimento é para que todos os policiais devem permanecer nos quartéis e unidades de polícia e de bombeiros.
O comunicado divulgado pelo movimento diz ainda que o coronel Carlos Augusto e o subcomandante não os representa mais e que: “eles deixam de ser nossos representantes e o Governador vai ter que legitimar outros Comandantes, se quiser controlar a crise que vai se instalar.
O tenente Flaubert Rocha, do Corpo de Bombeiros, esclarece que representantes do movimento ainda está realizando a 2ª fase do Polícia Legal, verificando as viaturas de todos os batalhões, observando se estão com documentos atrasados, se estão em boas condições de uso, se tem os itens obrigatórios como giroflex e sirene, se o motorista possui a documentação que o habilita a dirigir viaturas de emergência, enfim, verificando se há irregularidades. “Caso elas não estejam em cumprimento com a legislação necessária, nós não estamos deixando ela sair dos quartéis”, afirmou.
Ele explica que depois de detectadas as irregularidades, cada batalhão deve informar ao seu supeior hierárquico e depois disso, será formalizado em documentos todos esses atos para que façam um denúncia junto ao ministério.
Dentre os principais motivos para a deflagração do movimento, o tenente elencou o registro da morte de policias em serviços, que de acordo com ele, foram 10 em menos de um ano, e o número de homicídios, quando em menos de 24h, foram registrados 10 somente em Teresina. Eles reivindicam melhores condições de trabalho que valorizem a classe e o cumprimento de acordos judiciais e políticos por parte do governo do Estado.
“Esperamos que o governador do Estado se sensibilize com a nossa causa e atenda nossos pedidos que são mais que justos”, pediu Flaubert Rocha. Ele informou ainda que os bombeiros só irão atender a chamados quando considerarem que ofereça risco de morte a indivíduos, e que desde ontem, nenhuma chamada com essa característica foi feita. 
Neste domingo, o governador Wellington Dias esteve reunido com o coronel Carlos Augusto e os secretários de Segurança Pública, Fábio Abreu e de Justiça, Daniel Oliveira, para tratar sobre o problema no Estado.
Fábio Abreu disse que o governo está viagilante e que prefere, antes de qualquer ação, avaliar e verificar se realmente está havendo total adesão.
“Preferimos verificar primeiro a situação, para saber se está todo mundo parado mesmo, como eles estão dizendo, esperar até a mudança de turno, que acontece no final da tarde, para a partir da análise, tomarmos alguma providência. A nossa maior preocupação é com a população, que não pode sofrer mais com o que está acontecendo e ficar insegura nas ruas”, esclareceu.
O secretário disse que, no Piauí, existem três pessoas que representam, constitucionalmente junto ao governo, a segurança do Estado e que elas não podem ser destituídas do cargo pelas associações. 
“No nível da PM é o coronel Carlos, dos Bombeiros é o comandante Frederico Macedo e na Polícia Civil é o delegado geral Riedel Batista. Eu como representante geral destes três, digo que não existe, de forma alguma, essa história de que eles foram destituídos por vontade de alguém. Eles permanecem como representantes desses órgãos”, finalizou. 
O cidadeverde.com tentou entrar em contato com o coronel Carlos Augusto, mas até a publicação da matéria, não obteve êxito.

Lyza Freitas
redacao@cidadeverde.com

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