sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Governador diz que prisão de Delcídio foi um "choque" e traz dificuldades para PT

O governador Wellington Dias (PT) afirmou que a prisão do senador Delcídio do Amaral (PT/MS), ontem (25), foi um choque para ele e defendeu uma  necessidade de se examinar melhor a gravação que serviu como prova para a sua detenção. Em entrevista ao site conversaafiada.com.br, do jornalista Paulo Henrique Amorim, o governador ressaltou que é preciso uma urgente reforma política para a manutenção da democracia.

“Primeiro foi um choque para todos nós. Eu convivi com o senador Delcídio, e posso afirmar que é uma pessoa com grande compromisso com o Mato Grosso do Sul e com o Brasil, que no Senado está da forma correta. Então, como pessoa que o conhece eu diria da necessidade de se examinar essa gravação, porque em se confirmando que na gravação é a voz do Delcídio, eu digo que é outro Delcídio do que eu conheci. E é claro, o efeito disso, especialmente em um momento em que ele é senador e líder do partido, contando que cada pessoa responde por seus atos, para o momento do Brasil, não é bom, é algo realmente que traz muitas dificuldades”, declarou Wellington Dias.


Wellington Dias avaliou a posição do PT no momento de crise, com envolvimento de nomes na Lava Jato e em outras denúncias de corrupção, em dois aspectos: “o primeiro é que há um movimento que trabalha pela desmoralização dos partidos, digo: todos eles. Veja que pesquisas apontam que mais da metade da população não acredita em nenhum partido e o outro ponto é a desmoralização dos políticos". 
Quanto ao PT, o governador disse que “quem queira que o PT acabe, isso nunca faltou. Sou da geração que era perigoso andar com uma estrela no peito. Ele deu sua contribuição para a abertura da democracia no Brasil e é claro que o alvo principal é o Partido dos Trabalhadores e a estratégia maior é colocar o Lula na cadeia, isso é claro, não tenho dúvidas, e não é da Lava Jato isoladamente ”.
Enxergando a necessidade de uma reforma política como fator preponderante para a retomada da posição de credibilidade dos políticos, assim como dos partidos, o governador contou que acredita que as siglas com seus representantes não se sustentam no modelo político atual. “Onde o que vale é o indivíduo, onde as campanhas são caríssimas, onde as campanhas são feitas por empresas, dificilmente um partido se sustenta”. Na sua visão, a estabilidade política é o caminho necessário para a estabilidade econômica, para a execução dos projeitos de interesse da população, e só a democracia perde com isso.
Na entrevista o governador observou que parece que as eleições 2014 no Brasil, ainda não acabaram. “Foi para o segundo turno, o terceiro turno, e queira ou não, cerca de 4 milhões brasileiros elegeram a presidente Dilma Rousseff". 


Lyza Freitas
redacao@cidadeverde.com

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